Leonardo Woelfer
Gestão Financeira para MEI
Os Microempreendedor Individual (MEI), tem como maior benefício um regime fiscal e tributário diferenciados, mas isso não elimina a necessidade de uma boa gestão financeira para o negócio.
Pensando em adquirir uma educação financeira e aplicar a mesma no seu negócio?
Então lembre-se, é importante adquirir novos conhecimentos e eliminar eventuais dúvidas que possam atrapalhar nesse processo. O descontrole financeiro coloca o MEI em uma espiral de perda estratégicas de oportunidades, metas e objetivos financeiros para seu negócio.
A ausência desse controle financeiro coloca o MEI em riscos, tais como a criação de dívidas com fornecedores, clientes, instituições financeiras, etc.
Se você está considerando investir em gestão financeira e quer saber mais sobre como aplicar este serviço no seu MEI, desenvolvemos uma lista para auxiliar nesse processo de dúvidas. Para você ver essa listagem continue sua leitura!
As dúvidas mais frequentes dos MEI
1. Como começar a gestão financeira do meu negócio?
A gestão financeira é um processo que deve iniciar antes da formalização da empresa. O MEI deve avaliar e planejar, previamente, quais recursos serão necessários para colocar o negócio em funcionamento.
Se o empreendedor não possuir os conhecimentos necessários para realizar esse planejamento financeiro, poderá buscar apoio junto a instituições e profissionais qualificados para lhe auxiliar. Esses processos de aprendizado e planejamento com certeza farão a diferença quando o negócio estiver formalizado e no mercado.
Uma vez estabelecida a empresa, a gestão financeira deve ser encarada como uma rotina, algo construído diariamente. Sugerimos a adoção de uma planilha para realização do controle das entradas e saídas, bem como a constante atualização da ferramenta. Recomendamos que os dados sejam atualizados todos os dias.
2. Preciso ter uma conta bancária Pessoa Jurídica?
Esta é uma dúvida muito comum e esclarecemos que as receitas e despesas do MEI não precisam ocorrer por meio de movimentações bancárias. No entanto, uma boa gestão começa pela separação do patrimônio pessoal do patrimônio empresarial.
Muitos empreendedores optam por não abrir uma conta para o negócio e acabam usando as contas bancárias da pessoa física. Ou seja, misturam as receitas/despesas da pessoa jurídica com as receitas (salários, aluguéis e dividendos, por exemplo) e despesas (cartão de crédito, escola, mercado, etc) da pessoa física.
A mistura das finanças pessoais e empresariais complica o gerenciamento de ambas, dificultando a identificação sobre as entradas/saídas do caixa da empresa e sobre a saúde financeira do empreendimento.
Por isso, é importante que o MEI abra uma conta bancária específica, que será usada para centralizar toda a movimentação financeira do negócio. Dessa forma, fica mais fácil identificar as receitas, controlar de modo mais assertivo o pagamento das despesas e verificar o resultado do negócio (lucro ou prejuízo).
3. Como a gestão financeira influencia nas obrigações que tenho como MEI?
Todos os anos, até o dia 31 de maio, o MEI precisa apresentar a DASN – SIMEI (Declaração Anual do Simples Nacional do MEI) à Receita Federal. Por meio dessa declaração, informa-se o faturamento total do MEI durante o ano anterior.
Para declarar corretamente as informações de faturamento, é importante possuir controles financeiros e realizar gestão financeira. Caso não realize esses controles, o MEI terá dificuldades para cumprir essa obrigação legal.
Preencher o relatório mensal de receitas brutas ajuda nesta tarefa e o SEBRAE/SC disponibiliza um planner, que é uma ferramenta exclusiva para lhe auxiliar. Seguindo uma rotina diária na gestão financeira, o MEI terá os dados sempre à mão.
Com a gestão financeira do negócio organizada, o MEI poderá fazer todas as previsões e planejamentos com antecedência, garantindo o cumprimento de todas as obrigações acessórias, fiscais/tributárias, trabalhistas.
4. Devo definir um valor para retirada mensal?
No item 2, explicamos sobre a importância de manter as finanças pessoais separadas das finanças empresariais. Assim, da mesma forma, definir um salário mensal para o empreendedor faz a diferença na gestão do negócio.
Normalmente, os empreendedores pensam o seguinte: “O negócio é apenas meu, estou sozinho. Não tenho sócio e nem empregado. Logo, descontando todas as despesas, o que sobrar é meu”.
Apesar de ser um caminho, aparentemente, mais fácil, pensar e agir dessa forma impedem a manutenção sustentável do empreendimento. O não estabelecimento de um limite de retirada financeira (salário) mensal é um impeditivo para a formalização de um planejamento financeiro.
Nesta situação, perde-se a oportunidade de se constituir uma reserva financeira para emergências e de reunir os recursos necessários para investimentos com foco no crescimento do negócio.
Mas como definir o valor do salário/retirada mensal? Bom, essa definição passa, necessariamente, por uma verificação das despesas pessoais do MEI. Depois, confere-se o fluxo de caixa do negócio para verificar se é possível fazer a retirada.
Fonte: Contabilizei
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